RÚSSIA, FINLÂNDIA, SUÉCIA E ESTÔNIA EM 2014

PLANEJANDO A VIAGEM


      Acabei de voltar da viagem de julho deste ano. Enquanto processo todas as informações (que não foram poucas) para começar a escrever os relatos, melhor iniciar com o 'porque' da decisão por esses destinos.
      A paixão pelo leste europeu começou já na faculdade, como é de praxe para todo estudante de História. Os países da ex URSS sempre permearam meu imaginário como sendo realmente de outro mundo. Apesar de ter consciência de que o que temos em mente é uma caricatura construída desde a Guerra Fria (ou então, desde a Revolução de 1917), é difícil fugir do estereótipo que fomos acostumados a acreditar ser real.
        O desejo de conhecer mais estes países se reforçou quando fui para a República Tcheca e, mais tarde, para a Hungria.
        Pois bem, o destino no recesso de inverno de 2014 era incerto. Estávamos considerando algum país da América Latina ou então não realizar viagem alguma, no intuito de nos prepararmos para uma próxima trip maior, Ásia talvez. 
       Eis que surge na minha caixa de e-mail uma mensagem do Melhores Destinos - e a 'culpa' é sempre deles. Tks! - com uma promo da Lufthansa, para viajar para destinos europeus desde o Rio. Não era exatamente barato, mas se tratando da citada cia. aerea, do verão europeu e do período de férias escolares no Brasil, tava valendo. Para felicidade geral da nação, Moscou era um dos destinos mais em conta nesta promo. 
       Como toda promoção, nem todas as datas se encaixavam, então pegamos um vôo de ida e volta para um período de estadia de 14 dias na Europa. Sempre tenho em mente aproveitar ao máximo as viagens, e conhecer o maior número de lugares possíveis dentro do período. Pensei: puxa, a Rússia é gigantesca e 14 dias não será suficiente. Óbvio que nem 1 mês seria suficiente para conhecer a Rússia, então selecionamos 2 cidades mais "turísticas": Moscou e São Petersburgo. Um roteirinho bem clichê, é verdade, mas confesso que me sentia insegura para visitar lugares mais 'ermos' (assim pensava eu). 
       Aí veio outra questão: 14 dias é pouco para conhecer a Rússia, mas muito para apenas 2 cidades. Eu sempre quis conhecer Tallinn, na Estônia, mas nunca imaginei que isso pudesse acontecer. Sempre usei imagens da cidade quando o assunto em aula era História Medieval e, de repente, Tallin estava ali, tão pertinho de São Petersburgo! Ok, Tallinn incluída no roteiro! 
       Pesquisando sobre os meios de transporte entre uma cidade e outra, descobri os tais navios de cruzeiro pelo mar Báltico. E aí vi que era possível circular de maneira fácil entre a Rússia, a Finlândia, a Suécia, Estônia e Letônia. As viagens entre esses países são noturnas, ou seja, não se perde o tempo do deslocamento e ainda dá pra poupar uma graninha em hospedagem. Pronto! Helsinki e Estocolmo incluídas no roteiro!
       Nossos vôos eram POA - RIO - FRANKFURT - MOSCOU. Não seria a primeira vez que minha entrada na Europa se daria por Frankfurt, mas eu nunca havia saído do aeroporto entre as conexões. Dessa vez tínhamos 2 opções: ou fazer uma conexão para Moscou em Frankfurt que duraria 6 horas e nos faria chegar em Moscou de madrugada, ou então fazer uma conexão de 16 horas, que nos possibilitaria conhecer um pouco de Frankfurt, descansar em um hotel e chegar em Moscou no outro dia de manhã. Decidimos passar 1 dia na Alemanha.
       O roteiro de viagem  e os meios de transporte ficaram assim:

FRANKFURT/ALEMANHA - 1 dia
MOSCOU/RÚSSIA - 5 DIAS
SÃO PETERSBURGO/RÚSSIA - 2 DIAS
HELSINKI/FINLÂNDIA - 1 DIA
ESTOCOLMO/SUÉCIA - 3 DIAS
TALLIN/ESTÔNIA - 1 DIA

- Trechos Brasil-Europa com a Lufthansa. 
- Trajeto entre Frankfurt e Moscou de avião, com a Lufthansa.
- Trajeto entre Moscou e São Petersburgo em trem noturno, pra poupar tempo uma graninha.
- Trajeto entre São Petersburgo e Helsinki em trem rápido, o Allegro.
- Trajeto entre Helsinki e Estocolmo de navio, durante a noite.
- Trajeto entre Estocolmo e Tallinn de navio, durante a noite.
- Trajeto entre Tallin e Moscou de avião, com a AirBaltic.
    
      Todo mundo pergunta o quanto é que tem que reservar para fazer uma viagem. Bom, depende muito do tipo de viajante que a pessoa é, do nível de conforto que ela quer ter, dos lugares que ela quer visitar. 
     Não gastamos com hotéis e restaurantes caros, mas também não abrimos mão de um certo conforto. Nesta viagem ficamos em hotéis razoáveis e alugamos apartamentos, o que fica mais em conta, já que eramos em 4 pessoas. Praticamente não comemos em restaurantes, partimos para comprinhas em mercados e lanches em fast foods. Nos locomovemos basicamente com transporte público e não deixamos de entrar nas principais atrações culturais de cada lugar que visitamos, mas poderíamos ter ido a mais museus (por mim, eu passaria os dias dentro de museus, mas eu não viajei sozinha, então, né ...).
       Quanto custa, afinal? Para esta trip de 14 dias os gastos por pessoa foram:
- Seguro saúde, passagens aereas, de trem e de barco: €920
- Acomodação: €300
- Alimentação, transporte, ingressos e comprinhas: €650

     Mais adiante vou contando como foi que fizemos as reservas e organizamos os roteiros em cada destino.